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Limite.



A criança
no papel
desenha
o limite.
Seu limite
é o céu,
alaranjado
da cor do eu
expresso e livre
no rabiscado.

Raquel Amarante

Comentários

  1. Cara poetisa,

    decerto que no ano que se finda pintamos telas, desenhamos aquarelas,
    escrevemos em papiros secretos poemas revelados de sentimentos, pensamentos e suspiros.
    Decerto, mesmo, é que nossa existência em afã, borramos telas, rabiscamos aquarelas e rasuramos poemas. Ah, viver é fazer crer que tudo é uma tentativa vã?!

    (...) No ano que se termina seus bons ventos levaram-nos ao quintal dos seus varais de peças íntimas. Varais tão capciosos que de varonil intimação falocrática se rendia ao perspicaz e frágil poder íntimo da mulher.

    Obrigada poetisa pelo espaço acolhedor cujo nicho nos propiciou a convivência, companhia e aprendizagem da autora, seus escritos e poemas.

    Poetisa, feliz ano novo em que reinauguremos a esperança do sonho de viver e que a criança de todos desenhe e escreva o seu limite no ano que vai nascer.

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  2. O prazer é unicamente meu de poder ter minha amiga anônima neste varal que tem pendurado poucas peças..
    Mas com certeza, um dos maiores estímulos para a continuação desta minha poesia errática é ter uma leitora tão fantástica e inspiradora.
    Obrigado amiga!
    Um ótimo ano repleto de luz e poesias..

    ResponderExcluir

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