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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Rocha Filosofal

Quando rio, há no Rio, explicação. Não, dentista não! Janeiro é um mês que já está no passado. Mas, que bom seria se este Janeiro estivesse aqui do lado! A poesia é um pouco do Rio que me visita. É o rio que corre no corpo de quem se excita... E o poeta se transfigura em verso quente... Verso que versa de todo jeito que corta dentro, fora, detrás pra frente. Pedra que Drummond não achou em seu caminho. Pobre! Não há Rocha nas Minas Gerais. Eis a Rocha Filosofal! Reflexo Da busca. Na medida do impossível... Eis o exímio da palavra! Vice-Rei não mais. Acre dito! Ver Tudo pelos ares, hoje, me satisfaz. Leio-te, sigo seu ritmo de Liberdade. Marítimo... Pairo atônita, é a Alquimia dos seus versos... A magia da sua poesia... Antes, Elaera, não é mais? _ Adoro este verbo no pretérito! No fim começo a ver o começo no fim... Tragicomédia, Seria, o fim no começo... Mas, sorrio... Só Rio... Caminho esperando o caminho a manhã... Ainda sigo com o corte de não ter o Corte no submarino. Supero! Me

Confissões de uma amadora (Com partes censuradas)

Não sou uma mulher tão doce nem por isso tão amarga não sou de tuas mãos rabisco nem falo amor aos ventos meu coração tão arisco só queria dominar meus sentimentos. Sou liberdade envolta em grades quase fora de mim sou enjaulada. Sou tão firme como uma casca de ovo atro\ \pelada (...) Sou mesmo incompreendida doida varrida, confusa e descontrolada, sou boa, mas tô ferida, por isso não me chame de indelicada. (...) Raquel Amarante N.  (2009)

Ode ao xadrez

Eu fui desmatando o pouco dos outros que existia em minha vida. Eu fui lhe deixando ser muito mais que eu em mim. Eu fui assassinando minha própria espécie pra conservar você. Eu fui dedicando todo o meu canto... todo o meu verso... todo o meu ser... Eu fui vendo teu barquinho ancorar mais ao norte... coração descalço, espinho, e foi sangrando mais meu corte. Eu fui chorando feito criança quando perde o amigo imaginário. Eu fui perdendo no imaginário, o sentido de “amigo.” Eu te coloquei como peça principal do meu xadrez e fui perdendo peões, cavalos, torres, bispos, Rei. Eis o fim do jogo? O da vida real não, apenas mais um xeque-mate em meu coração. Me resta agora jogar sozinha, amar sozinha... O amor é uma espécie que não entrará em extinção... Porque eu te amo. Raquel Amarante (2007) P.S: Céus! Eu escrevi isso? O tempo vai mudando tudo... O que será que permanece intacto nes

Falocrática, Falocrítica

Minha poesia atípica diretiva racional. Explicita a ação-reação do meu lobo frontal. Onde o formal e o informal fazem sexo e o romantismo fica à luz do século. apagado, no passado. E o verso-curto dá curto-circuito o intuito é bom, o verso é fortuito... E o amor é efêmero... E o efêmero... é eterno. (É feminino) E o feminino... Falocrático. Falocrítico Falo. Critico. Raquel Amarante N.

Inconsciente

                                             à Thereza Por trás do ato há o inato? Existe escolha? Escolho o verso porque é o inverso eu o determino! Eu o determino? Raquel Amarante N.

Marilena Chauí - Sobre a verdade

A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos do (espírito) para vê-la. (Marilena Chauí)

Crime persecutório contra a própria natureza

Se tudo fossem flores, as outras estações iam morrer de inveja. Raquel Amarante N.

Ser tão...

De sertão não gosto de falar. Basta-me a aridez do meu ser tão... Raquel Amarante N.

Mau presságio

Eu e você TV Casados. Triste fim para dois apaixonados. Raquel Amarante N.

Citando Flávio Colares

Furtei essa postagem do Blog de um amigo meu, Flávio Colares. Entrem aí no link para conferir as crônicas do Flávio: http://flaviocolares.blogspot.com/ Esta crônica que lhes apresento é muito compatível com meu modo de pensar o mundo. Reflete todas as inúmeras vezes que digo: "Depende do referencial" ou "tudo é relativo"... Curtam... DEPENDE DO PONTO DE VISTA Hoje por acaso ouvi uma conversa entre duas mulheres : Uma contava para a outra sobre a reação do filho pequeno ao ver pela primeira vez alguém usando uma máquina de escrever. O garoto, radiante disse: Puxa mãe, que troço avancado ! ele digita e já imprime ao mesmo tempo !!! É, tudo depende do ponto de vista ... Flávio Colares (12/08/2010) http://flaviocolares.blogspot.com/2010/08/depende-do-ponto-de-vista.html

Perda de Identidade

Meu Vista virou XP não roda mais jogos 3D. O que dizer de um ser humano que não se vê nem A nem B? Raquel Amarante N.

Interpretando Marx Contemporaneamente

A revolução nasce de um orgasmo  ao avesso e morre nas preliminares. (Raquel Amarante)

Voz do poeta

       Aos poetas montesclarenses Se meus versos se calarem no amanhã... Que saibam que fui profeta desse “desacontecimento”. Ou proclamem nas sobras da ordem e do progresso mil séculos sem poetas em favor do meu silêncio. Raquel Amarante N. 2008 - Psiu Poético                                                     http://www.psiupoetico.com.br/blog/

ZOOLÓGICO

Achei que me conhecia Carregava o mesmo livro De tempos passados. A vida nos traz aos mesmos zoológicos da infância. E nos mostra Que nem livres somos Para apontá-los... Somos tão presos quanto... Somos tão bichos como... Raquel Amarante N. 2009*

Inteligências

Spielberg criou a inteligência artificial, Goleman, a emocional,  Gardner, as múltiplas,  Cury, a multifocal, só está faltando alguém criar a inteligência eleitoral! Raquel Amarante N.

Mundo surreal

Esta foi uma das primeiras poesias que escrevi na vida: O campo era estrelado de nobres flores Os pássaros ritmados, sabiam cantar Caetano O arco-íris, iludido, coitado! Não tinha cores. Na gaiola uma menina cândida gorjeando Os rios falavam catalão afluentemente O sol fazia plantão quando a noite surgia A formiguinha lá, era eminente A lua romântica não inspirou mais poesia. O passado do futuro não era o presente O tempo parava no sinal fechado O inverno trazia uma neve quente O verão congelava o casal de namorados. Raquel amarante N. 2005* 

Candidato Honesto

Vou lá buscar a inadaptação de minha espécie Vou ser a decepção Darwiniana. Vote zero, zero, um. Raquel Amarante N.  2010*

Clarice Lispector

O que sei é prosa O que não sei, poesia Misturam-se o que sei e o que não sei Sei o que não sei Não sei o que sei. Raquel Amarante N.

Fenomenopoesia

Poesia prosaica a minha. E Freud sustenta o argumento da fantasia, quando tudo aqui é reduto de consciência. É fenômeno. Husserl-poesia. Raquel Amarante N.

Vieram me perguntar se eu me apaixono

Se eu pirar e disser que te amo, entenda que tudo que eu digo é um pouco segredo. Se eu acordar ao teu lado chorando não se assuste com a menina que do quarto estranho tem medo. Se eu beijar de vagar não se irrite com meu ritmo brando de adentrar o seu mundo. Seu eu calar eternamente... não creia que estou n'outro plano estaria por certo, em você  viajando... Seu eu te olhar bem nos olhos retribua e sorria... Que eu estou te paquerando... Se me apaixono? Não seria melhor, por quem me apaixono? E eu te diria... Pelo inapreensível. Guarde isso! Raquel Amarante N.

Vampirismo

Já pensou se o mínimo que lhe ofereço possa ser o máximo que posso lhe dar neste dia. Raquel A.

Chamo de Percepção existencial intensificada

Depois da Perda... “as pessoas desenvolvem uma nova apre­ciação para o valor da vida. E um novo conjunto de prioridades.(...) aprendem a sorver de suas próprias fontes criativas, a vivenciar a mudança das estações e a beleza natural que as cerca. Talvez o mais importan­te de tudo, ganham um aguçado senso de sua própria finitude e, em conse­qüência, aprendem a viver no presente imediato, em vez de adiar a vida para algum momento futuro." Irvin Yalom (Mentiras no divã)

Separação

Competência pra derrubar o copo de vidro Competência pra catar os cacos Competência pra colar pedaços Incompetência pra voltar a beber no copo.

Um favor e um casamento

Incompetência para dizer não. Incompetência para dizer sim. Competência pra arrepender depois. Raquel Amarante N.

Seu texto

Esbarro num texto bem feito. Faz bem sentir seu efeito! E eu deito no leito desse texto, meio sem jeito, rolo neste tecido até chegar nas margens dos seus braços e suas mãos reescrevem-me reinauguram em mim a semântica que faltava em minhas expressões. Seu texto-vivo dilata pupilas e corações... Raquel Amarante N.