Eulália,
É mesmo a vida que vai nos motivando a ir embora...
É mesmo esta vida que nos torna gente de fora
da gente.
O que era essencial?
O que era essencial?
A falta é essencial. "Sine qua non"...
Já viu alguém a quem nada lhe falta? Se sim, me apresente pra eu fazer um Benchmarking...
Um abraço.
Stella
Saiba mais sobre esta e as outras cartas: http://raquelamarante.blogspot.com/2011/03/cartas-nao-enviadas-n-0.html
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Cara amiga Stella das epístolas,
ResponderExcluir"É mesmo a vida que vai nos motivando..."
"O que era essencial?"...
Ah, nada, agora já vejo que fiz mal deveria ter tomado tento ao título da carta: "Carta não enviada nº 10 - O quadro a ser pintado, ou não.", como um conselho a ser aplicado como, "o comentário a ser escrito, ou não", simplesmente. E simplesmente porque a brancura da tela irreal é, enfim, toda sua existência, imaginada, plural...
Pois não é também que àquela tela branca, 'oh, em branco!' - 'deu-lhe um branco?' - vaga e suspensa à espera de alguma coisa, ou de nada, em que a tua cartinha à Eulália fora escrita encontro também, surpreso, em brancas linhas entrelinhas o teu sentimento tal qual Drummond da "Falta que Ama"...
E justamente por falar em autores e e pensamentos lembrados à visão daquele quadro a ser pintado sem lembrança, lembro-me ainda de uma citação oferecida pela senhora mesma, dona Stella, nos varais de "peças itinerantes" que a senhora ora estende, muda e renova, as peças íntimas de autores clássicos como fora Plutarco, um dia ali estendido: sobre "o quadro e a poesia", lembra-se? Menciono-o, Stella, por um brando motivo, é porque a tua carta não enviada nº 10 reúne, em meu entender, um pouco da natureza da eloquência do poema e da mudez do quadro, recíprocas, tal como Plutarco vislumbrou.
Já que me referi a um, aproveito o momento pra felicitar-lhe pela excelente idéia de montar um "varal de peças íntimas de epígrafes" de artistas e pensadores clássicos e universais, como já lhe disse, pois saiba que é muito bom acessar ao teu blogger e encontrar mais peças íntimas com que podemos aprender.
Em mais, minha presença mais rara, como você também a notou, é em razão cada vez mais convicente destes "comentários a serem escritos, ou não", que estou aprendendo a escrever.
Lembranças.
Aprendendo a escrever? KKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirEssa é boa! Me ensinando a escrever seria melhor!
Sua percepção é para além do verso, da palavra. Arguta como nunca vi!
Fico de cara!
Obrigada por suas palavras... Não quero sua mudez aqui, nem um quadro não pintado com inscrições anônimas.
Aprecio seu surrealismo em palavras...
Abraço.
Stella