Pular para o conteúdo principal

Carta não enviada nº 6 - IRA!




Plínio,

Na realidade eu gostaria de conversar diretamente e a sós com você. Eu sempre quis conversar a sós com você, de forma que eu tivesse certeza que seria a sós mesmo. Porquê?
Bem, no a sós seria pouco provável que o ambiente influenciasse a ponto de me irritar. Quando te escrevi daquela vez não queria que fosse um monólogo, você está me entendendo?
Pois bem, acho que só tenho uma coisa para lhe dizer, que jamais diria de outra forma: Ahh como eu tenho raiva do que eu fiquei sabendo depois....


Raq... Stella (Ato falho)

*2009

Saiba mais sobre esta e as outras cartas: http://raquelamarante.blogspot.com/2011/03/cartas-nao-enviadas-n-0.html

Comentários

  1. Interpretação/Distorção e algum alvitre ao mancebo:
    Plínio, Plínio, não queira mesmo, em absoluto, está a sós a Raqu... Stella (ops! o leitor também tem seus atos falhos, ou quando menos, uma leitura falha). Agora um conselho, somente esteja a sós com Stella em lugar seguro, acolhedor e sobretudo público, neste caso, contudo, vc's não estariam a sós, é mais que óbvio. Não importa, assim deverá ser, pra sua integridade existencial, e a dela, máxime conquanto se trata de uma mulher. Dê também ouvidos atenciosos e mui interessados ao monólogo que ela lhe apresentará, porque não obstante ela dizer não, isso é o que ela mais sequiosamente espera de vc, meu caro. Ouça com paciência e cuidado a sua intempestiva Stella, porque se ela lhe dá agora a ira, também poderá lhe oferecer o belo rincão do amor, e neste caso somente vc pode alcançá-lo.

    Ademais, e este é um ponto mui delicado, não tenho melhor jeito de tratá-lo contigo, mas já que dei azo as teclas, vá lá, deixem seguir, pois mais espero contar em primazia com sua validação sobre a nossa comum compreensão. É que, por esses dias, - dias esses aliás tão naturais à natureza das mulheres - , a sua Stella fora tomada por uma ira imprevisível como vulcão, sua alma vertera lava de sangue, seu corpo, débil como uma rosa, irrompera toda essa lava de sangue em ira...

    Boa sorte, caro Plínio.
    Melhoras a encarecida Ste... ops, mais um ato falho, quero dizer Raquel...

    ResponderExcluir
  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    Excelente poesia em comentário, entretanto, trata-se de uma ira que se transformou em indiferença..
    Ahhh e...
    "porque se ela lhe dá agora a ira, também poderá lhe oferecer o belo rincão do amor, e neste caso somente vc pode alcançá-lo."
    Nem pensar!
    Não há como ele alcansá-lo mais...

    Stella

    Stella

    ResponderExcluir
  3. Ira?!
    sei...
    Não tem amuo nem mesmo em teoria.
    Indiferença?!
    Nem com muita malquerença...
    Pois já ouço o prenúncio da eterna reconciliação.

    Esta sim minha sensação e sentença, Sra. Stella.

    ResponderExcluir
  4. Nossa!! Escrevi alcansá-lo com S!rs
    Keta..
    Mas, hein...
    Reconciliação? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    #Já disse não e não posso me desdizer.

    ResponderExcluir
  5. Pode, sim, ora!
    É fácil, tire mais uma vez o 's' de desdizer pra vc poder de- dizer sim a reconciliação.
    Ira? Ara! isso já é casmurrice, ora!

    ResponderExcluir
  6. rs
    Está ótimo como está...
    A ira inspira...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Você pode fazer comentários mesmo sem ter uma conta do Google ou sem ter um site. Basta clicar em Nome/URL, colocar seu nome e comentar. Sejam bem vindos! ;)

Postagens mais visitadas deste blog

Será se...

Uma formiga agonizante na pia remexe as pernas como se pedisse ajuda. Luta para viver. Luta para escapar. Como se desculpar com uma formiga que escolhe um caminho que ela nunca imaginaria que pudesse lhe matar? O que leva essa distraída, essa louca dessa formiga a se aventurar num braço humano assim?! Seria pra fugir da água? Seria para fugir de outro tipo de morte? Perdoe-me formiga, quando dei por mim já lhe tinha esfregado minha mão direita sem jamais imaginar que lhe atingiria os órgãos vitais. Não, não me sinto alguém maior, superior, um deus capaz de recortar seu ciclo de vida. Na verdade, sinto uma fatalidade tão profunda que parece que era minha vida ali extraída. Na verdade, me dói, você viu! Você viu que eu tentei de modo bem desajeitado uns primeiros socorros. Eu tinha uma esperança enquanto você mexia os membros inferiores de que haveria possibilidade de reatar a vida, você lutou por ela! Quem diria, nem eu, nem você, que a vida findaria ali, no mais simples e nu do cotidia

Postal

Etiquetas não tenho nem nas roupas nem na mesa. Mas se eu pudesse minha vida seria uma encomenda rumo ao lado de lá com selos e carimbos de quem se encaminha de quem experimenta respirar novos ares novas crenças novas presenças. Etiquetas não tenho nem nas roupas nem na mesa. E às vezes, nem sinal a não ser dos pássaros a não ser dos gafanhotos a não ser das libélulas a não ser de Deus. e uma vontade de me endereçar ao espiral do mundo pra chegar a qualquer canto pra sentar em qualquer meio fio pra sentir aquelas saudades e voltar meia lua crescente pr'algum ninho. (Raquel Amarante)

Poemínimos

poefeminino Oscila na rima porque esse amor é de menina. poexagerado Amou errado deu-se todo. poemusicinternational Fui me buscar me achei nas canções que não sei cantar. Ando parado no sinal fechado poeansioso cheguei cedo à frente do medo. Estou errada quando estou certa de estar apaixonada. Estava apaixonada por sua saudosa imagem que agora foi pixada. Não sei se te limpo ou te deixo aí manchada. Cansada de sonhar foi ver telenovela ela era ela. Esta casa tem mais alicerces que eu. Teimosia Tomou algumas doses só não contava com uma lucidez que insistia. A gente finaliza muita coisa Mas não conclui nadinha. Tira a roupa que a roupa pesa e só quero a leveza do nosso amor. Tinha letra de pornô grafia amor pra dar em tempos de capital privado. Triângulo amoroso tenho a impressão que A3 é papelão. Não tem medo da morte porque não tem nem