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Carta não enviada nº 8 - Vossa magnificência



Valentina,

O que permeia minha mente quando lhe escrevo é toda a falta de intimidade com a sua pessoa. Não comecei esta carta com pronomes de tratamento, pois sempre quis quebrar as barreiras da conveniência. Há um interstício, sim, entre a sua fala hermética e minha indagação pouco formal. A gente é tão diferente... E tão igual.

Era tudo o que eu queria dizer a você...

Stella
 

Comentários

  1. Qualquer pronome de tratamento soaria de formalidade ignóbil, sem a menor valentia.
    Nada a Valentina.
    Ah, essas duas amigas, parece que não há entre elas o mais pueril pronome pessoal, mas o que elas não sabem é que, uma e outra são mercê, ou melhor, vossa mercê de cada uma.
    Estas amigas quejandas. [...]

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  2. rsrsrs
    Ela não dá trégua de seu poderio...

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  3. Mais uma magnificência distorção: Pode-se dizer que uma é da outra o seu poderio amigo.
    Stella, ela é a seu irritante interstício de hermética intimidade, mas tem valência, sua valente amiga Valentina.
    Valentina, por outro lado, ela é pra vc toda diferença e falta de intimidade, não obstante isso vc não perceba, justamente por não perceber isso, ela se faz em sua vida uma amiga Stella guia. [...]

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  4. Então curtamo-nos solenemente sem um tratamento pessoal de pronome intimidade:
    Eu? Stella!
    Tu? Valentina!
    Ela? Raqu...
    (...)! Anôn... ?

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