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Extraído de “Amor na contramão”



E quando a presença se fizer ausente
na lápide do descompasso vital
reinarás em tua mente
celestes lembranças,
porque o amor é livre e latente,
ave que bem alto, na imensidão, se lança,
Mas a saudade é persistente,
num simples passo o alcança.


Raquel Amarante

Ano: 2007

Comentários

  1. Este "Amor na contramão" é belo demais e além da minha compreensão,
    assim não lhe poderei macular com um
    [comentário
    meu aceno de mão,
    carona que ele me não dá na sua contramão.

    Apesar da minha obtusidade, posso sentir que suas idéias são lancinantes. "Presença" e "Ausência"; "Amor" e "Saudade".
    O "eu-lírico" raqueliano parece ser pródigo em coisas do amor.

    ResponderExcluir
  2. Ai que comentário gostoso de ler..
    É... Nós mulheres e nossos versos repletos de sentimentalismos...
    Aliás, desta coisa que chamamos de versos...
    Como diz Drummond...
    "Todos os dias agora aparecem antologias, e então aparecem 200 poetas, geralmente mulheres. E impressionante o número de mulheres que pensam que fazem versos."

    ResponderExcluir
  3. Gostaria de pagar a tua lembrança de Drummond, sobretudo a tua menção às mulheres, com uma quadra que faça honra as referidas citações e temas sobre essas coisas chamadas "arbitrariamente" de versos pelas mulheres.
    Não tenho por enquanto, mas ao menor sinal, compartilho-a "contigo".

    ResponderExcluir
  4. Engraçado ler essas coisas... vivo um momento saudosista da vida. Momento de distâncias dolorosas.

    Curioso. Providencial. Lindo.

    Bjs!

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