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Surfistinha


Pai,
poupe-me do imperativo!
Minha palavra é livre...
Quase puta
na esquina
rodando bolsinha!
Dou
porque não tenho pretensão
que ela seja só minha.
Deixai que ela fique
de quatro
pra ver o mundo num ângulo reto.
Porque meu ser em palavra
é um ser complexo!

*Mas sem o tal de Édipo!

Raquel Amarante N.

Comentários

  1. Raquel, querida
    Que poema ótimo, chocante, inteligente ! Dorei !

    Beijos... ótima semana ! =)

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  2. Oi Raquel,

    gostei do estilo peculiar e criativo da sua escrita. O blog é bonito e interessante... Grata por sua presença em meu cantinho e interesse em acompanhar meu trabalho. Seja sempre bem vinda aos meus espaços poéticos. Um abraço.

    Úrsula

    ResponderExcluir
  3. Estou conhecendo seu blog hoje creia amei suas postagens e ja estou seguindo você.
    Gostaria muito de ter sua amizade ,
    pois a minha você ja tem.
    Uma linda semana beijos,,Evanir.
    www.aviagem1.blogspot.com
    E
    www.fonte-amor.zip.net

    ResponderExcluir
  4. Enfim, a Pata Preta de Raquel Pacheco brilhou em o "Lago dos Cisnes"... (pelo amor de Deus, não se mate!) rsrsrsrs

    ResponderExcluir
  5. Girl power!!!!!
    É isso aí!!!! Hehehe!
    Adorei encontrar teu comment e pode ter certeza que tem muita TPM no mundinho masculino!!!! Hehehe! Bjz!

    ResponderExcluir
  6. Agradeço a visita de todos!!!
    Muito bem vindos novamente!!

    ResponderExcluir
  7. Oi Raquel...a gente vai lendo e acaba até esquecendo que você está falando da palavra...de repente achei pesado o poema, apenas uma distração, mas ele é livre,assim, feito as palavras que saem da alma
    Um abraço na alma
    Bjo

    ResponderExcluir
  8. Surfistinha, não me arrisquei subir em sua prancha,
    medo de afogar-me nas águas
    molhar-me e sentir o sal ardente a queimar das suas águas,
    pois era cada palavra...
    desbocada, despudora, debochada
    [palavrinha, palavrão!...

    Oh, Surfistinha, subi sim, contigo em sua prancha!
    pegando cada onda,
    sua louca palavra deslancha...

    Mas, onde? Como? e Por que?
    No mar das palavras, ó Surfistinha,
    neste mar infinito que abraça e se confunde com o horizonte,
    tranquilo, profundo, furioso...

    Surfa, surfa, surfa, ó Surfistinha
    no seu balé impúdico de bailarina suja e encantadora em alto mar, lançada no mar,
    tal qual a mais pura oferenda à Iemanjá...

    Surfa, surfa, surfa, ó Surfistinha
    tirando onda
    na crista da onda
    do seu mar
    desbocado, despurado, debochado
    [livre e complexa no canto de sereia fascinante da sua palavra...

    Oh! Pois não é que a tua p* palavra
    rodando bolsinha
    nas ondas do grande mar
    era apenas a doce sina,
    simplesmente e tão somente,

    da palavra em pureza...

    ResponderExcluir
  9. NOOOSSAAAA!!!!
    A DO REI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    GentEE, tô besta!
    Genial caro anônimo, genial!!!!
    Queria até postar, permite?
    E você tem toda razão!!!!!
    Há esta dicotomia barroca
    Pureza X Impureza na minha expressão mesmo...
    Tem um ar de clarividência em tudo que você enuncia...

    Grande Abraço.

    Raquel

    ResponderExcluir
  10. Hummm...
    Ora, dona Raquel, que idéia e pedido mais estapafúrdios! Hein!?
    Recebo-os, entretanto, maravilhada, por mais estapafúrdios que possam ser - e são!, seus desejos - e com muita honra este pedido, - ou seria privilégio?
    Entrevejo, contudo, que sua tarefa será árdua e de resultado bem próximo de ser sem fruto, transformar aquele pandemônio de palavras em algo que lembre um poema. Mas, arrisque-se mesmo assim, tem minha plena permissão, pois confio em seu fino e competente labor de poetisa pra conseguir verter aquele amontoado em algo legível. Vá, pois, faça correr a sua pena, e fazer um simples comentário valer à pena por obra da sua purificação estÉTICA, poÉTICA...

    Mas, se algo realmente vir à ser, pretensa e pretensiosamente com ar e intenção de poema, este será digno de somente estar escrito como apêndice e nota-de-rodapé do seu "Surfistinha".

    Raquel, mais uma vez, obrigada, por essa honra e lembrança de tentar estender em seu varal meu pobre andrajo ao lado das suas finas peças íntimas.

    Veja se não será de todo um trabalho realmente infrutífero, pois que como causará má impressão, não, retifico, causará uma deplorável má impressão aos seus leitores por contemplar um andrajo tão feio em seu vistoso varal, destoando-o. Causará indiferença, estranheza ...asco aos teus finos leitores, provavelmente.

    ResponderExcluir
  11. rsrsrsrsr
    Eu não aguento toda essa modéstia.. Pra quê?
    Ignorarei completamente seu último 'parágrafo' do comentário acima.
    Vc escreve divinamente!!!
    Apreciaremos todos...

    ResponderExcluir
  12. Mas como seria bom se pudesse colocar seu nome de verdade no final da poesia...
    rs

    ResponderExcluir

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