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Carta não enviada nº 15 – Detentos em celas separadas


Jeferson,

O que lhe fez chegar a este estado de vida? Ando a procura de responsáveis...
A mesma sala, mesmas carteiras, mesmas parábolas ouvidas... Não se sensibilizou? 
“Menino! Atrevido!” Onde foi que você nasceu? Quem são seus pais? Quem é você?
Hoje só lhe vejo na TV! Televisionado. Como se isso fosse de grande valor...
Mas, de que valores falo? Chega de articular, deixa eu te ouvir, ser inaudível...
E sua voz não sai... Protesto? Escolha?
Em que lugar te colocaram que você ficou? Ou em que lugar me colocaram que eu não saí de lá?
Vamos voltar a ser crianças e começar tudo de novo e procurar nosso lugar...

Stella

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Comentários

  1. Ele encontrou, - se encerrou... - numa moldura televisiva, a fama subiu-lhe a mente, inundou-lhe o pensamento e devastou de todo, o vazio do coração...
    Thomas, Jeferson na vida! Ops, Tomas, jeito na vida, Jeferson! Pois é confiável que seu retorno será pródigo "à velha infância", onde não será detento de cela separa, nem haverá detenção, pois quando muito e tão somente, ela, a sua amiguinha que lhe espera, só espera a antiga e pueril atenção.

    Peço-lhe perdão e também que me compreenda, cara Stella, por dar feição tão destoante a sua carta, afinal, é notório que ela tem um assunto muito mais relevante e ulterior que essas palradas palavras que não conseguiram atiná-la.
    Abraço, bom lhe 'rever'.

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  2. Oi... Quanto tempo, hein...rsrs
    Achei muito interessante sua interpretação...
    Jeferson e sua busca por visibilidade... Pena que por vias não tão ideais...
    Que bom seria poder voltar no tempo e consertar um pouco nossa visão dos estímulos a que fomos expostos...

    Grande BjO

    Stella

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