Vida,
transformo-te em arte
pois tal me devora.
Transformo-te em sede
pra beber agora.
Carrega meus superlativos
na grandeza das páginas
do meu gibi.
Adjetivo pátrio pariu-me in subversion
_ Eu não sou daqui... Eu não sou daqui...
Meu corpo engessa a alma,
mas é também corpo celeste
nessa tal ânsia por viver...
"E agora, José?"
Vou existindo no gerundismo
de estar sendo mais que o próprio ser...
(Raquel Amarante)
The evening gown - Obra de René Magritte - Pintor Surrealista Belga - (Saiba mais sobre seu trabalho clicando em seu nome)
A imagem da palavra ou,
ResponderExcluira palavra da imagem ou,
a vida imitando à arte
e esta blasfemando àquela
em cada novo insight de rebeldia criativa, mortal e renascida, pois nada é daqui... nada é daqui
- talvez mesmo é tudo não ser de lugar nenhum -
E a vida e a existência,
e a realidade e a fantasia
cingindo-se pesarosas na indescoberta e incomunicável felicidade da arte, da arte, indefinida de viver...
P.S.: A pintura casou-se muito bem com o seu poema, - e olha que de sensibilidade pras artes plásticas eu muito conheço que nem desenhando eu entendo-as, rs - tanto que, o melhor mesmo, é deixá-los se reconhecerem na contemplação silenciosa de seu entendimento: "eu não sou daqui" sua casa talvez seja a lua que tanto contempla, ou qualquer outro lugar que já não existe e a alma nua não esqueceu.
Hum... Como é bom te ler...
ResponderExcluir"pois nada é daqui... nada é daqui"
De fato, de repente o vento vem e nos leva, a arte permanece como uma testemunha da passagem...
Em meio ao modo lunático de ser, ir e vir... Em meio as facetas de ser no gerundismo... Estar sendo, Estar vivendo, Estar neste processo "ndo"... Nada melhor que retirar todas as vestes que nos identificam e ser quem somos de fato, quem reconhecemos que somos "in natura"... Fitando a nossa verdade mais verdadeira deparamo-nos com nossa essência identitária... De onde a gente é... Que língua a gente fala..