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Mostrando postagens de setembro, 2012

Esquemas

Minha vida esquemática Esbarra sempre na matemática do vazio da irresolução. Necessidade de engenharia de esquemas, fluxogramas e projetos Enquanto o fluxo sanguíneo é controverso E a alma fluída, vagueia pela “Vaga música” Uso da canção como “ancoragem” Para mais um esquema em memória frágil Quero retornar a sentimentos através do acorde lançado sobre minha audição. Essa, tão inaudível aos berros, aos pais, à multidão. Gritos não são ouvidos. (Raquel Amarante - 2010)

Mulher– “De flor a fruto”

                                             à Affonso Romano de Sant'Anna Donzela, bela, pálida, morta Ou Mulata de coxa grossa Crise existencial... Que soy dio? Nem fruto, nem flor Sou grama, gramática Profética, herética Errática. Numa singela apatia da pressa de ser tantas... ( Raquel Amarante - 2010)

Associação LIVRE

Vai-te por se só, sem bolsa, destino, lucidez. Vai-te lá menor, nesta música pavorosa de teu coração. Seja ilustre contigo mesma, seja abstrata e mate as borboletas, barbáries - versejai acrósticos-revolução. Não se retenha na caixa de fósforos, não míngüe os sentimentos extra lunares, não atire a pedra no caminho de poetas. Nunca deixe a ilusão de fora, a casa que você é, você mora. Ah meu Deus, que medo de ser! De repente ninguém mais me entende, eu não entendo os campos, os mastros, as cirandas da infância. A vida circunda pela travessia sem pé, neste mato há coelho, não é? Eu sei de tudo. Tudo me é claro. Noite em claro, nem me perco, nem me ganho. Acho que a Deus persigo, nem Paulo sou. A morte é tão incompreensível, eu sou tão sensível. A vida é tão pacata, ora vivo, ora morto, até pra quem ora. Ora a gente implora: Quer ser vivo. O verso é opaco, tristeza esparsa, remorso vão, cai a alegria – gota a gota –num coração, poroso, amoroso, fugidio, meu.  (Raquel Amarante)