Vai-te por se só, sem bolsa, destino, lucidez. Vai-te lá menor, nesta música pavorosa de teu coração. Seja ilustre contigo mesma, seja abstrata e mate as borboletas, barbáries - versejai acrósticos-revolução. Não se retenha na caixa de fósforos, não míngüe os sentimentos extra lunares, não atire a pedra no caminho de poetas. Nunca deixe a ilusão de fora, a casa que você é, você mora. Ah meu Deus, que medo de ser! De repente ninguém mais me entende, eu não entendo os campos, os mastros, as cirandas da infância. A vida circunda pela travessia sem pé, neste mato há coelho, não é? Eu sei de tudo. Tudo me é claro. Noite em claro, nem me perco, nem me ganho. Acho que a Deus persigo, nem Paulo sou. A morte é tão incompreensível, eu sou tão sensível. A vida é tão pacata, ora vivo, ora morto, até pra quem ora. Ora a gente implora: Quer ser vivo. O verso é opaco, tristeza esparsa, remorso vão, cai a alegria – gota a gota –num coração, poroso, amoroso, fugidio, meu.
(Raquel Amarante)
Primeiro, como um visitante que não vinha aqui a algum tempo, gostaria de dizer que gostei muito do novo visual.
ResponderExcluirSegundo, gostaria de dizer que gostei muito do jogo de palavras que empreendestes. Gosto de textos assim, que fazem a língua parecer um parque de diversões com brincadeiras consequentes.
Parabéns!
Bjs!
Parabéns! Lindo texto.Da angustia, dos medos, dos sentimentos fizestes uma bela ciranda de desejos e incertezas.Quanto tempo!!! Bjs Eloah
ResponderExcluirUm dos seus textos mais fascinantes,
ResponderExcluirsublime poetisa.
Beijos