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Carta não enviada nº 22: Love me tender, love me true



Podia ser falta ou excesso de cafeína, mas não. Eu bem podia dormir depois da noite acordada na estrada, mas não. Eu queria não me preocupar, não pensar, eu queria te odiar... Até tentei, mas não... Só resta a dor de cabeça, suas paranoias e minha vontade de ir embora, isso sim.
 Sua emoção é hemorrágica, sabia? Dá os melhores escritos, à sangue vivo torna visceral sua poesia, entretanto, esta esgota as relações feito o sangue que corre em corte de hemofílico. 
Eu queria te salvar de você, mas, pobre de mim, sou tão errante, cheia de indagações e não sei me submeter a dominação, por mais paixão, amor, afeto que eu sinta por alguém. 
Posso não ser madura o suficiente... Quem o é? Mas eu não sou alguém que age com má fé com sentimentos alheios e com meus próprios sentimentos. Desejo amor com ternura, amor com verdade, qualquer coisa que não seja assim eu tô dispensando. Já dizia Milan Kundera que é preciso salvar o amor da tolice da sexualidade. Quem deseja profundamente fitar o outro dormindo enquanto toca nos seus cabelos é um verdeiro apaixonado, está aí uma pureza que nem habito de carmelita carrega.
Tired... Nem claros montes, nem horizontes belos... Quero é meu violão aqui agora porque têm horas que só a música é sinal de amor no mundo.


Raquel 
(Porque Stella já dormiu)




Essa canção é utopia, mas das mais belas.
Quem não quer um amor assim...?



Saiba mais sobre esta e as outras cartas: Sobre as "Cartas não enviadas" 

Comentários

  1. Excelente texto, menina Amarante. ;)

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  2. Que bela carta! Colocar sentimentos nas palavras jorram belezas como estas deste texto.Encantei-me.Forte abraço Eloah

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  3. Seguindo. *-* http://nahboaoi.blogspot.com.br/

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