dos sonhos imperfeitos
que a gente traçou
para galgar uma atenção
copiosamente hipócrita.
lembra
das juras que a gente fez de amor
eu com meus sete receios
pois já sabia que daria em erro.
Mas mesmo assim eu fiz
no afã do sentimento,
do desejo.
porque sou toda isso mesmo...
lembra
do quanto que te amei
dos micos que paguei
na ébria adolescência sem éter
porque erámos aqui-agora por inteiro.
Hoje não.
lembra
das cartas...
as tenho até hoje
e não sei o que faço com elas
porque não sou a mesma canceriana,
aquela...
Que guardava papéis de bala icekiss
que via o amor como um chão de giz...
(Raquel Amarante - 2012-2014)
as cartas indesejáveis que não temos coragem de nos livrar.
ResponderExcluirA memoria é traiçoeira.
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