Quando eu vim para este mundo
eu devia saber porque.
Eu devo ter lido umas instruções
sobre a vida
porque sou prevenida.
Prevenida de fazer tudo
ao contrário
de errar em todas as chances
de erro.
Ninguém quer errar.
Há certas coisas que a gente não entende
coisas tão brutas como saber para que
como a criança que pergunta
o que é, para que serve
me sinto.
Sinto uma urgência de desvendar
toda a história e porquês
toda a vida, todos os sentidos.
Não basta sentir.
Isso não me torna nada além
de alguém que anda em círculos
presa em sua própria órbita
girando em torno de si mesma.
Isso não é o caminho...
Mas é preciso, às vezes,
assentar sobre si e escutar seus próprios
motivos.
Cansada dos erros de outrora
reflito, sem aflição,
faço o que devo.
Estou no limite da minha busca
eu tenho a plenitude da incerteza
do vão das coisas que emitem sons sem dizer.
Não existe pouco caos...
E há quem seja louco
de guiar as pessoas estando cego.
Não me apetece
fazer alguém se perder de si.
Talvez eu nem deva
me pronunciar.
Talvez não tenho nada a dizer,
além do quanto sou eu,
numa experiência
pouco passível de alteridade.
A natureza
esta, talvez,
tenha muito a dizer.
Afinal, dizem que ela ainda existe.
Andam dizendo por aí
que se a terra for arada,
a semente for plantada,
regada,
iluminada,
cuidada,
amada,
dizem até que ela nasce...
Coisas sem explicação
deste mundão de Deus...
Quem é que tem tempo para isso!
(Raquel Amarante)
eu devia saber porque.
Eu devo ter lido umas instruções
sobre a vida
porque sou prevenida.
Prevenida de fazer tudo
ao contrário
de errar em todas as chances
de erro.
Ninguém quer errar.
Há certas coisas que a gente não entende
coisas tão brutas como saber para que
como a criança que pergunta
o que é, para que serve
me sinto.
Sinto uma urgência de desvendar
toda a história e porquês
toda a vida, todos os sentidos.
Não basta sentir.
Isso não me torna nada além
de alguém que anda em círculos
presa em sua própria órbita
girando em torno de si mesma.
Isso não é o caminho...
Mas é preciso, às vezes,
assentar sobre si e escutar seus próprios
motivos.
Cansada dos erros de outrora
reflito, sem aflição,
faço o que devo.
Estou no limite da minha busca
eu tenho a plenitude da incerteza
do vão das coisas que emitem sons sem dizer.
Não existe pouco caos...
E há quem seja louco
de guiar as pessoas estando cego.
Não me apetece
fazer alguém se perder de si.
Talvez eu nem deva
me pronunciar.
Talvez não tenho nada a dizer,
além do quanto sou eu,
numa experiência
pouco passível de alteridade.
A natureza
esta, talvez,
tenha muito a dizer.
Afinal, dizem que ela ainda existe.
Andam dizendo por aí
que se a terra for arada,
a semente for plantada,
regada,
iluminada,
cuidada,
amada,
dizem até que ela nasce...
Coisas sem explicação
deste mundão de Deus...
Quem é que tem tempo para isso!
(Raquel Amarante)
Comentários
Postar um comentário
Você pode fazer comentários mesmo sem ter uma conta do Google ou sem ter um site. Basta clicar em Nome/URL, colocar seu nome e comentar. Sejam bem vindos! ;)