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Mostrando postagens de 2015

Solicitação em anexo

Permita-te te amar menos e melhor amar sem atropelos. Diminuir os batimentos A pressão arterial. As cartas. Os selos. Permita-me o banal O todo dia, o rotineiro Minhas tranças, teus pelos. Se achegue na minha história Na minha memória e desassossego. Permita-me te amar Permita-me.pdf Permita-me.doc Permita-me.jpeg

SETE

Salomão era rei Nem se importava! Pois namorava, dentre todas Aquela - que não se enamorava. Que relação mais bonita quando não se tem posse de nada... Certas coisas se dão sem pressão, nem esforço Como um contemplar de rosto E o céu da estrada... A ciência conta a areia A sabedoria sente as arestas Viajar pelo céu é científico Viajar pelo sou é clareira Só se chega ao céu mesmo por um único veículo... Foguetes não vão muito longe O universo é um espiral a esmo... O sentir tem um gosto cíclico Somos o que em nós se esconde. A saber... Dor Ria! (Raquel Amarante)

Quando te olho

Essa procissão de ideias que segue o caminho sem pensar... Esse pendor pelo que não é banal Esse afeto pelo que gera mal estar. Nunca pensou que sumir seja uma forma de aparecer? Que a distância seja uma forma segura, de lhe ter? De que adianta eu te querer se você é vento, poeira... E eu não poderia te guardar nos meus braços... De que adianta eu mergulhar nos seus passos Se você está sempre à beira de abismos, pedras, vôos altos... Não sei acompanhar seu ritmo Mas observo com amor sua meninice e sua adultez Dos males, o menor, é o meu talvez. Dos bens, quando te olho, é tão legítimo... (Raquel Amarante)

Carne crua

                              à Bhagwan Shree Rajneesh Duro é descobrir que brisa não é vento. Que o ar que eu respiro não é autêntico. Que não estamos crús, fomos temperados. Salgados, apimentados por outros... Como me livro deste sabor agora?  Esse sabor que não fui eu que dei à vida. Esse gosto de carne mal passada, prato predileto de quem come minha entrada, sem acompanhamento. O prato principal de mim nunca vai ser servido. Ele não é para ser admirado, degustado. Ele está sendo cozido em fogo baixo e é pra ser comido no silêncio do quarto. (Raquel Amarante)

Carta não enviada n. 27: quase 35 invernos

Eu disse que tornaria a lhe escrever... Cedo ou tarde. Pra você pode ser tarde, meu tempo não tem governo... Não queria ficar me justificando. Isto é pra quem errou. Talvez eu não seja a melhor pessoa, por certo não sou a pior... Nosso erro é nunca está pronto e esperar que os outros estejam. Ando tão ciente de tudo. “ Cienteza ” nada vale. O bom sabedor sabe o que fazer, eu não sei. Nosso erro vital é não está pronto, a gente vem mesmo pra cá pra aprender... De repente a gente vai dançando conforme o ritmo, cantando conforme o tom, vivendo conforme o bater do peito. Não espero mais muita coisa não. Faz chuva ou faz sol aí?  Stella Saiba mais sobre esta e as outras cartas:  Sobre as "Cartas não enviadas"