Eu que não sei sua história me proponho a escutar Diga... Diga o que quiser dizer. (...) Seus afetos... Suas memórias... suas crenças, alegrias, suas lutas suas sagas, suas iras, seus temores seus desejos, poesias, seus amores, suas revoltas, sua fé, sua origem tão pura simplesmente sua! Eu, que te desconheço não tenho do que lembrar não te faria notícia de jornal qualquer eu que nunca fui na tua pele - mulher eu que não perdi nada nesse jogo entre nascer e crescer eu que não velei negros corpos filho - sobrinho - irmão - pai. Eu que não tenho palavras! (...) _ Eu tenho! E lhe falo quero celebrar o ayo de PODER SER PRETA!
"Quem medirá o calor e a violência do coração dos poetas quanto capturados e aprisionados no corpo de uma mulher?" (Virginia Woolf)