Eu não sei quantas vezes li a mesma coisa sobre "o mesmo" aspecto do céu,
ou quantas vezes me reconheci à porta do destino, tão perto, tão íntima, tão acolhedora feito casinha de interior.
Eu não sei quantas vezes vivi a palidez de quem percebeu que a morte chegou, tão nítida, tão jovem, tão certeira! Sempre à beira...
Eu não sei quantas vezes meditei aquele plutão tão complexo feito neurose obsessiva, obsessiva, obsessiva...
Eu não sei quantas vezes compreendi e ao mesmo tempo hesitei em crer no que li, e tão incrédula, e tão perplexa, e tão resignada, e tão...
Eu não sei quantas vezes pedi para a lua voltar duas ou mais casas, ou pra ficar mais um pouquinho, só mais um pouquinho, por favor!
Ah! Quantas e quantas vezes a um passo de atropelar o universo na expressão intensa canceriana com passionalidade obtusa e fervente de escorpião - segurei a bola por causa daquele transitozinho pedindo vá com calma, refrigério sim da alma!
Eu não sei ao certo o que as pessoas desejam quando me procuram para dar uma olhadinha no mapa delas, mas imagino que se a Astrologia trata de signos, talvez, seja isso.
de signo se espera significações, sinais, e como precisamos brevemente de sinalização quando tudo parece meio sei lá, desbaratinado, ou meio turvo, meio incerto, meio estressante, meio enigmático.
Enigma... Todo mapa astral não é um enigma qualquer... É difícil não se encantar por todos aqueles símbolos que nada dizem para quem prefere silencia-los, mas que sim, arrebatam aqueles que desconfiam de muita coisa...
Desconfiam até o último segundo, mas esbarram numa incontestável relação de Sentido!
(Raquel Amarante)
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