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Mostrando postagens com o rótulo Poesias de Mara Medeiros

Citando Mara Medeiros - Cartesiano

Risquei vários traços Cortes precisos, incisivos, Fatias finas, frias, Cirúrgica, lúdicas... E a vida foi dividida, Dissecada, desossada, Compartimentada, Departamentalizada. Cada pedaço, a seu tempo, Distribuído em momentos, Ganhou cada qual sentimento, Novo cometimento. Vida própria, imprópria Para o convívio – declínio Tudo tão examinado, Cada lado do quadrado! Pobre anfíbio, pobre ambíguo, Ora água, ora terra, Ora inteiro, ora partido. Saudade do tempo antigo, Em que a vida era o que era: Completa, inteira, contígua. Mara Medeiros   (Saiba mais sobre seu trabalho clicando em seu nome) 09.12. 2002 Tela: Nostalgia - De Sofia Dyminski   (Saiba mais sobre seu trabalho clicando em seu nome.)

Citando Mara Medeiros - "Marrom 4.3"

Leia esta poesia ouvindo:   Creep - Karen Souza Da última vez eram 43... Não sei dizer se passaram dias, meses ou anos... Parei de contar. Parei de calcular. Parei de especular. Começo a examinar. Levo pro chuveiro, apertada ao peito, a sacola de planos. Ou seriam sonhos? Medonhos? Tristonhos? Risonhos? Agora enfadonhos! No fundo, bem no fundo, há um girassol amarelo. Era pra ser rosa! Era pra ser bossa! Era pra ser fossa! Era pra ser joça! Era pra ser troça! Era pra ser prosa! A velha sacola se desmancha, pano podre, Esvai-se entre meus dedos: Desfaz-se um sonho inteiro... Despencam os ponteiros... Agora é pesadelo: A tinta pra cabelo, O ralo, o chuveiro! Olho atordoada para o rio em tom castanho 4.3. Arrasta os fragmentos Da sacola, dos lamentos, E também dos tais momentos... Pois que sim, houve momentos, Uns de contentamentos, Mais de constrangimentos. Eu crio cegamente no mundo cartesiano. Ilusão de ótica! Ilusão de ética! Ilusão caótica! Ilusão patética! Ilusão com...