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Mostrando postagens com o rótulo Auto-conhecimento

À sombra das mangueiras

Os rascunhos que fazíamos toda aquela história em diagramas dá pra deixar pro vento. os anéis e alianças só existem pra cair no chão. ainda mora, à sombra das mangueiras algumas cicatrizes de tempo invisíveis em evidência. Alguém chama meu nome lá fora e eu, aqui dentro repetindo as mesmas vestes inadequadas Força do hábito. Coisa de velho. Eu não tenho a menor ideia de como usar as espadas que tenho. Ainda há fragmentos de assassinato na memória. Mas é preciso alguma revolução pra mudar essa história. Cores rubras Lágrimas alguma fé, quiçá, aquela canção de toda hora. Talvez as horas Me tornem sensível Talvez a natureza Me leve há alguma fluência Talvez a razão Me reconduza impassível Talvez, quem sabe, o horizonte Me transfigure. (Raquel Amarante) Idade do Céu - Paulinho Moska

A quarta trombeta apocalíptica: o que revelam as reticências

Insisto nas reticências. São a porta do inconsciente... O primeiro ponto diz Fim (É a barra de recalque) O segundo ponto diz depois de um ponto um novo conto uma insistência. Repetição de fins... No terceiro ponto ressuscito a intenção da libido morta. Me achego ao inominável e paro, atônita. Não sei o que dizer Não sei nem o que sei Mas continuo reticentiando... Como quem não se retém na significância das palavras. Porque quer expressar a dor e deleite todo. Porque quer esgotar o incômodo de finalizar-se num ponto. Para além da palavra, as reticências... Ocultando e revelando a essência do indizível. O silêncio destes três pontinhos é o essencial do meu texto-vida. Perscrutando este dizer misterioso minha existência em palavra se fará entendida. (Raquel Amarante) Oléo sobre tela: A luz vem da escuridão ( Ubirajara Rodrigues - Clique em seu nome e conheça seu trabalho)

Auto-análise nº 1

Giro em torno do giro. (Raquel Amarante) "Todo homem é um tolo por pelo menos 5 minutos todos os dias; a sabedoria consiste em não exceder este limite." (Elbert Hubbard) "Existem duas tragédias na vida. A primeira é  não conseguir tudo aquilo que desejamos. A segunda é consegui-las." (George Bernard Shaw)

Avesso

Eu vesti a vida do lado avesso. Dizem que dá um azar danado! Agora estou eu aqui tentando achar o outro lado da vida. Raquel Amarante N.

Surfistinha

Pai, poupe-me do imperativo! Minha palavra é livre... Quase puta na esquina rodando bolsinha! Dou porque não tenho pretensão que ela seja só minha. Deixai que ela fique de quatro pra ver o mundo num ângulo reto. Porque meu ser em palavra é um ser complexo! *Mas sem o tal de Édipo! Raquel Amarante N.

Ser tão...

De sertão não gosto de falar. Basta-me a aridez do meu ser tão... Raquel Amarante N.

ZOOLÓGICO

Achei que me conhecia Carregava o mesmo livro De tempos passados. A vida nos traz aos mesmos zoológicos da infância. E nos mostra Que nem livres somos Para apontá-los... Somos tão presos quanto... Somos tão bichos como... Raquel Amarante N. 2009*

Clarice Lispector

O que sei é prosa O que não sei, poesia Misturam-se o que sei e o que não sei Sei o que não sei Não sei o que sei. Raquel Amarante N.

Ego non sum, sed sum

Eu vim ao mundo sem nota fiscal sem manual de instrução Mas sou mais que especial Sou imagem de Deus na criação. Raquel Amarante N. (2007)

O conhecimento

O conhecimento assíduo ácido tácito perpétuo se comunica comigo. É pequeno, mas amigo. É veneno, explosivo. No papel, no pensar, no fazer, o conhecimento me faz crer no impossível. O conhecimento se alimenta do meu abismo. Raquel Amarante N.

Desconfiança

O galo me acordou? Ou ser á que foi uma galinha Com crise de identidade! O amor me arrebatou? Ou será que foi a paixão Se fingindo de donzela! _ Não sei mais em quem confiar ... Já não se fazem absorventes como antigamente! Raquel Amarante (2005)

Não se traduza um eu num momento

Poesias desenham os momentos que vêm e vão... Mas sabe quem escreve que momentos morrem poesias não. Raquel Amarante

Arte da dúvida

Não sei se o amanhã virá Não sei se ontem foi o dia Não sei se a lua me trará Aquele que eu amei um dia Não se é apenas o começo Não sei se já estou no fim Não sei por isso eu deixo O tempo resolver pra mim Não sei se estou errada Não sei ainda o que é certo Sei que estou apaixonada mesmo com o coração deserto Não sei o que será de mim Não sei o que há adiante Não sei se deve ser assim... A dúvida em mim é constante Raquel Amarante *2004