Há um conluio entre os meus personagens, não sei o que fazer... Acho que não deveria mais criar... Não tenho o mesmo gozo. Eles eram meus amigos, sabe... Os mais íntimos! Esforcei-me para abdicar do meu direito sobre eles. Anseio por uma liberdade sem igual, dei a eles este meu sentimento, não era para estes se revoltarem! Entendo-os, a revolta é um indício da não passividade frente a liberdade, entretanto, hoje chego a uma tangível conclusão: Não basta dar liberdade depois de ter criado, eles querem ser livres-intocados. Apetecem a auto-criação, sofrem por não tê-la. Sofrem por temor à morte... Acho que a auto-criação lhes daria um sabor maior de controle, sabor este que nós deuses-escritores sabemos não ser possível. Eles, amigo Ernest, querem tocar na criação para experimentar a eternidade... No fim, o grande problema deles é com o avantesma da morte, esta, que sempre lhes aprisionará do dissabor do príncipe da incerteza, o tempo.
Homero*
*Personagem do meu primeiro romance.
Saiba mais sobre esta e as outras cartas: Sobre as "Cartas não enviadas"
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Olá Raquel
ResponderExcluirMuito bom. Os personagens querem vida própria, e se perde o controle sobre eles.
Bjux
"É difícil ficar adulto"
ResponderExcluirLindo!!!!!!!!!!!!
O tempo é um banco de areia no mar da vida. (Shakespeare)
ResponderExcluirO dilema entre criador e criatura.
ResponderExcluirLindo!
Bjs!
as coisas mais doces demoram a amadurecer.
ResponderExcluirBeijo.
(...)
ResponderExcluirQue enredo abissal de trama cortante e de entrelinhas de um fogo invisível, a senhorita uma neófita virginal da pena em prosa fora arrumar em seu primeiro romance, hein?
Que dor profunda e infinita deve ser essa dos "deuses-escritores" no exato momento da criação e por toda a história: liberdade, poder e "auto-criação"... ah, que palavra mais esdrúxula, dona escritora - de quem ainda não sei o nome - e todas suas implicações tanto possíveis quanto inimaginadas, belas e terríveis...
Mais uma vez confesso não consigo me atentar para isso, é de toda e insolitamente uma coisa aterradora.
"Deuses-escritores" cuja dor da dúvida perfura-se na perfeita consciência e a da impotência a ferir a incomensurável onipotência... "Auto-criação, Existência e, ... Auto-destruição".
Ah, não pensemos nisto, ou, penses tu, jovem escritora de virginal romance, com as tuas personagens para a criação e a decifração do mistério, quando obra e criador se fruem em uma só essência do finito e da imortalidade. E esta obra, as tuas personagens, agoniza-se na "enxaqueca" do mistério dessa consciência e rebeldia, e em sobremaneira tu, que és o próprio princípio e sentimento da consciência delas.
Bem, julgo que nada mais posso eu te dizer, talvez somente te desejar que a sorte e a sapiência tão pertinentes dos "deuses-criadores" possam ir conduzindo sua pena no instante de feitura das belas e tortas escritas da tua obra para à elevação das entrelinhas certas da tua escritura.
Boa Sorte,
Jovem e inominável escritora
em teu romance, e espero que
possas me presentear com um exemplar.
Gostei, e especialmente deste trecho lindo:
ResponderExcluir" Não basta dar liberdade depois de ter criado, eles querem ser livres-intocados."
Thanks for the kind comment on my blog. I wish I spoke Portuguese.
ResponderExcluirdepois de criados, eles tornam-se deuses...
ResponderExcluir=)
bjs, linda.
Oi Raquel...
ResponderExcluirDepois de criado... Tudo parecer ter asas!
Aproveito para desejar que não somente o dia 12 mais todos os dias de sua vida sejam repletos de muito amor!
Um beijo carinhoso
Estou participando de um concurso literário e preciso de votos. É simples. Se você tiver facebook entre na sua conta e acesse este link:
ResponderExcluirhttp://www.conteconnosco.com/trabalho-detalhe.php?id=622
Daí é só logar na página do lado direito no topo "login with facebook" e votar no botão vermelho abaixo da foto. Para ir ao texto vai na categoria escrita, na segunda página. O texto é M. de Ricardo Barbosa.
Conto com sua ajuda!
Pode votar todos os dias até o final de julho, você também concorre a prêmios.
Obrigado!
Romances, ou contos, psicológicos é só pra quem sabe mesmo. Você sabe. Muito bom!
ResponderExcluirOlá Raquel
ResponderExcluirPase a visitar tu blog y leerte.
Tengo publicado un acróstico sobre la melancolía te invito a leerlo.
Feliz día.
Beijos, Besos
Agradeço aos comentários dos amigos!!!
ResponderExcluirSra. Anônima,
ResponderExcluirPresentearei se um dia vier a publicar. Agora, aí sua identidade de anônima será revelada..rsrs
""Deuses-escritores" cuja dor da dúvida perfura-se na perfeita consciência e a da impotência a ferir a incomensurável onipotência... " FANTÁSTICO...
A liberdade é tão controversa...
Hi Ms. Hagood,
ResponderExcluirWelcome!
Obrigada Alvarês, Tati...
ResponderExcluirPoséidon,
ResponderExcluirVisitarei sim..
BJ
Cá venho retificar, pra que não pareça dúbia, a afirmação presente no primeiro comentário relativa a "uma escritora de pena virginal", pois com essa expressão queria, e quero, dizer sobre uma escritora no instante "nupcial" da concretização do seu primeiro romance, diga-se, o de estréia.
ResponderExcluirAgora, sobre a identidade da pretensa romancista, confesso que de início não entrevi nenhum pseudônimo assim como depois conjeturei às lembranças de Stella Graal, e da própria poetisa Raquel que agora sei que é a autora inconteste do "Exerto" prenúncio do vindouro romance. Oxalá.
Também sobre o presente, há de assinar-me um exemplar na noite de autógrafos quando eu, sem medo, vou te revelar que não passo de uma "Esfinge sem segredo". Aguardemos-nos.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirEu não tenho nenhuma idéia de quem vc possa ser, se é que eu te conheço pessoalmente.
De qualquer forma, sua presença aqui é muito marcante..rs
Ahh! E... Acho muito improvável que publique esta coisa que ando chamando de romance.
Não sei se dou conta de continuá-lo... (É muito angustiante escrevê-lo.)
Quanto a "uma escritora de pena virginal" rs. Eu saquei.. Digo, entendi.. Da minha forma, claro!
"Esfinge sem segredo"
Quanto mistério!!! rsrsrrsrsr
Tenho controlado bem minha curiosidade, não acha?
Acho. E não é que acho também que a gente nunca se achará!
ResponderExcluirOu melhor, ou muito...
À espera do livro.
rs
ResponderExcluirAqui já é um lugar de encontros.