Não sou uma mulher tão doce
nem por isso tão amarga
não sou de tuas mãos rabisco
nem falo amor aos ventos
meu coração tão arisco
só queria dominar meus sentimentos.
Sou liberdade envolta em grades
quase fora de mim sou enjaulada.
Sou tão firme como uma casca
de ovo
atro\ \pelada
(...)
Sou mesmo incompreendida
doida varrida, confusa e descontrolada,
sou boa, mas tô ferida,
por isso não me chame de indelicada.
(...)
Raquel Amarante N. (2009)
Tudo bem, não lhe chamo de indelicada, respeito seus sentimentos, ou a sua vontade.
ResponderExcluirContudo, permita-me uma observação, a imagem de "jaula" e "enjaulada" parece emergir em alguns de seus poemas, cito como o exemplo 'Zoológicos da infância'.
Nada mais sei, fique em paz.
rsrsr
ResponderExcluirObservador(a) você hein...
Estou impressionada!!!
Confesso que teimo em buscar uma "liberdade utópica"
Detesto me sentir enjaulada em experiências..
Presa a pessoas, sentimentos e coisas...
"Nenhum poder humano consegue forçar o impenetrável reduto da liberdade de um coração." François Fénelon
Impressiona-me seu altaneiro (ou seria abismal?) desejo de "liberdade utópica".
ResponderExcluirObrigada (o) pela citação, ajudará a enriquecer meus somenos pensamentos.
Pra retribuir, deixo-te alguns versos do grande Drummond, que, se não te explicam, ao menos te confortam sobre o seu utópico desejo de liberdade.
Assim versa:
"O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo está morto."
Adorei seu Grand Finale!!!!
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