Uma formiga agonizante na pia remexe as pernas como se pedisse ajuda. Luta para viver. Luta para escapar. Como se desculpar com uma formiga que escolhe um caminho que ela nunca imaginaria que pudesse lhe matar? O que leva essa distraída, essa louca dessa formiga a se aventurar num braço humano assim?! Seria pra fugir da água? Seria para fugir de outro tipo de morte? Perdoe-me formiga, quando dei por mim já lhe tinha esfregado minha mão direita sem jamais imaginar que lhe atingiria os órgãos vitais. Não, não me sinto alguém maior, superior, um deus capaz de recortar seu ciclo de vida. Na verdade, sinto uma fatalidade tão profunda que parece que era minha vida ali extraída. Na verdade, me dói, você viu! Você viu que eu tentei de modo bem desajeitado uns primeiros socorros. Eu tinha uma esperança enquanto você mexia os membros inferiores de que haveria possibilidade de reatar a vida, você lutou por ela! Quem diria, nem eu, nem você, que a vida findaria ali, no mais simples e nu do cotidia...
"Quem medirá o calor e a violência do coração dos poetas quanto capturados e aprisionados no corpo de uma mulher?" (Virginia Woolf)
Olá Raquel
ResponderExcluirO amor, sempre poesia...
Adorei o vídeo.
Bjux
Que seja pra se tornar poesia então: sempre!!!
ResponderExcluirUma semana linda,
Bjos
Ai que lindo isto!
ResponderExcluirRaquel você é pura poesia, seria puro amor também? È sim
o amor é pura poesia..
ResponderExcluirbeijos Raquel.. linda semana..
Lindo, poetisa! E tão leve e belo que que até não me deixa escrever, d-escrever com a palavra cravejada na minha garganta.
ResponderExcluirSim, como disse outrem, "o amor bate na aorta", reverbera e emudece nas goelas do coração que como agora diz a tua voz: " O amor é um verso preso na garganta... ou poesia"
P.S.: dois poemas com os auspícios do imortal e inexplicável amor, seu coração tá inspiradíssimo hein, poetisa? rsrsrs
rsrsrsr
ResponderExcluirAmiga anônima,
Vc faz uma leitura muito apropriada destes escritos...
Diria até... Heideggeriana, pois não nota apenas as entrelinhas das poesias, mas observa o curso deste rio de palavras...
Admiro sua perspicácia! =)
É que esse rio de palavras me fascina. Mas, sem a perspicácia de um pescador "heiddeggeriano" amante desse curso fluvial, pois não obstante sua água cristalina, ele é um mistério...
ResponderExcluir